segunda-feira, 24 de outubro de 2011
bibiografia de Manuel Pereira Reis 2 parte
Em 1879, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, como substituto do professor de desenho do curso de ciências físicas e matemáticas. Convidado pelo Barão de Ponte Ribeiro, Ministro do Estrangeiro, para chefiar a comissão de limites Brasil-Bolívia, não aceitou por estar exercendo na época o cargo de chefe da Comissão de Estudos Geográficos no Rio Grande do Sul. Em 31 de março de 1876, o Ministro da Guerra lhe conferiu o título de Primeiro Astrônomo do Imperial Observatório, bem como o de substituto do Diretor. Mais tarde, em 27 de julho, foi designado chefe da Comissão Astronômica do Ministério da Agricultura, destinada a estudar a latitude e longitude entre o Imperial Observatório e a Barra de Piraí, onde instalou um observatório. Nesse estudo, bem como na determinação das posições geográficas entre o Observatório do Rio de Janeiro e as cidades de São João e Rio Claro, assim como na triangulação do rio Tieté, no rio Paraná, com objetivos geodésicos, Pereira Reis aplicou os mais modernos processos existentes na época. Em conseqüência, foi elogiado por Emmanuel Liais e Otto Struve e citado no principal anuário dos avanços científicos – L’Année scientifique et industrielle de 1877 - editado em Paris, por Louis Figuier, que sobre o assunto também escreveu carta a D. Pedro II. Em julho de 1880, Pereira Reis e os seus colegas Joaquim Galdino Pimentel e André G. Paulo de Frontin, após terem doado à Escola Politécnica um terreno no morro de Santo Antônio, solicitaram autorização ao Ministro do Império, Sodré, que ali fosse instalado um observatório astronômico, em substituição ao que funcionava em caráter precário em um terraço do prédio da Escola. Assim surgiu, primeiro no Morro de Santo Antônio de 1881 até 1924, e, depois, na chácara do Valongo, no morro da Conceição, a instituição que passou a ser designada de Observatório do Valongo, que, durante um determinado período, possuiu o maior instrumento astronômico instalado, no Brasil, uma luneta Cooke de 32cm. As atividades do Observatório do morro de Santo Antônio iniciaram em 30 de setembro de 1880, com o auxílio dos professores Bitencourt da Silva, J. Galdino Pimentel, Paulo de Frontin, Ortiz Monteiro, Barão de Teffé, Índio do Brasil, Américo B. Silvado, Tancredo Janffret e Adolfo Pinheiro, estes cinco últimos oficiais da Marinha.
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