1928 - Falecimento do diretor Amoroso Costa. As atividades no Observatório do Valongo (OV) entram em um processo de estagnação.
Década de 1930 - O OV passa a ser utilizado predominantemente como observatório-escola, para aulas práticas. As aulas são dadas pelo preparador-mor de astronomia, Orozimbo do Nascimento.
1936 - Falecimento de Orozimbo do Nascimento. A direção da Escola Politécnica decide extinguir oficialmente a cátedra de astronomia e geodésia. Os anos seguintes são marcados pela estagnação das atividades no OV, com suas instalações sofrendo as ações do tempo e do abandono.
1956 - Mário Ferreira Dias e Alércio Moreira Gomes, astrônomos do Observatório Nacional (ON), incompatibilizados com o então diretor, o matemático Lélio Gama, demitem-se de seus postos e transferem-se para o OV. Mais uma vez, um fato sucedido no ON viria a ter influência sobre o Observatório do Valongo.
1958 - Luís Eduardo da Silva Machado junta-se aos seus dois colegas de ON e criam o Curso de Graduação em Astronomia. Pouco tempo depois, Walter Pollis associa-se a eles compondo o corpo docente do Curso de Graduação. O curso pertencia à Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (antecessora da atual UFRJ), onde ocorriam as aulas teóricas. As aulas práticas eram ministradas no Observatório do Valongo. Dá-se início então a uma grande tarefa de limpeza e recuperação do prédio e dos instrumentos, que começam a ser usados para o ensino na graduação.
1958-1960 - O Observatório do Valongo fica sob a responsabilidade do doutor Eremildo Viana, sucedido pelo professor Luís Eduardo Machado.
1967 - A Universidade do Brasil transforma-se em Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). NaReforma Universitária, o OV passa a ser um órgão suplementar da UFRJ, vinculado ao Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN). O OV adquire autonomia administrativa, e seu primeiro diretor nesta nova etapa é o professor Luís Machado. O Curso de Astronomia é subordinado ao Departamento de Astronomia do Instituto de Geociências-CCMN (o OV fornecia a infra-estrutura para o funcionamento do departamento).
1967-1969 - Por meio de um acordo de cooperação entre o Brasil e os países do Leste Europeu, e também mediante a contrapartida de produtos nacionais (como o café), diversos instrumentos de grande porte são adquiridos, como astrógrafos, telescópios de 50 e 60cm, o telescópio Condé e um espectrógrafo.
1970 - Na ausência de condições propícias para a instalação desses instrumentos no Rio de Janeiro, os professores do OV procuram um sítio ou uma chácara onde possam fazer a montagem de uma "Estação de Montanha".
1971 - O OV ganha um terreno no Pico do Dias, em Brazópolis, Minas Gerais. É lançada a pedra fundamental da Estação da Montanha, em Brazópolis. São levados alguns instrumentos, como os astrógrafos de 50 e 60cm, e instalados em um galpão, próximo ao Pico do Dias.
1972 - O Observatório Nacional lança as bases de seu laboratório nacional, o Observatório Astrofísico Brasileiro (OAB), também no Pico do Dias, e instala o telescópio de 1,60m.
1973 - Os dois observatórios, OV e ON, compartilham a região. No topo do Pico do Dias ficaria o telescópio de 1,60m e, embaixo, o astrógrafo de 60 cm. Seis meses depois desse entendimento, é comunicado que o terreno fora desapropriado, não pertencendo mais ao Observatório do Valongo.
Assim, o telescópio Condé é montado no próprio Observatório Valongo, e reservado para fins didáticos. Otelescópio de 60cm acaba ficando em Brazópolis, cedido ao OAB - hoje Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA).
1986 - O astrógrafo Zeiss e o telescópio de 50cm são montados no Observatório Municipal de Campinas. O prédio no OV onde o telescópio de 50cm seria instalado é adaptado para receber a atual biblioteca do Observatório.
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